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calciferol: v. ergocalciferol.

calcitriol: é o 1α-25-diidroxicolecalciferol e constitui a 2ª etapa na transformação da vitamina D3 em sua forma ativa. Pode ser usado na osteoporose, monitorizando-se para evitar a hipercalcemia. cálculo: em patologia – concreção pétrea que se forma em diversas partes do corpo do homem e de animais por precipitação de certas substâncias e sais minerais (cálcio, colesterol, uratos etc.).

cálice renal: cavidade excretora do rim, situada no seio renal, que drena a urina secretada pelas papilas.

calicreína: enzima que constitui um dos primeiros fatores de coagulação do sangue, por via intrínseca, ativando o fator XII. Converte, por proteólise, uma fração de globulina do sangue em bradicinina. câmara anterior do olho: em anatomia: espaço cheio de humor aquoso que se situa entre a córnea e a íris e se comunica com a câmara posterior através da pupila.

câmara posterior do olho: anatomia: espaço cheio de humor aquoso que se situa entre a íris, a lente (‘cristalino’) e o corpo ciliar.

campo elétrico: em eletricidade – aquele que é criado por uma distribuição de cargas elétricas independentemente do estado de movimento delas.

campo eletromagnético: eletromagnetismo – campo que representa a inter-relação entre forças elétricas e magnéticas (no vácuo, esse campo é descrito por um conjunto de equações chamadas equações de Maxwell).

campo magnético: em eletricidade – aquele que é criado por cargas elétricas em movimento, isto é, correntes elétricas, e que só pode ser detectado por uma carga elétrica de prova que também esteja em movimento.

canais semicirculares: cada um dos canais que se abrem sobre o vestíbulo sendo responsável pelo equilíbrio.

canal anal: curto segmento que dá continuação ao reto e termina com o orifício anal ou ânus.

canal torácico: o maior vaso linfático do corpo, que vai desde o receptáculo do quilo até a veia subclávia esquerda.

canal vertebral: canal ósseo formado pelo empilhamento dos buracos (forames) vertebrais, que se estende desde a base do crânio até o sacro.

câncer: em oncologia: qualquer proliferação celular anárquica, incontrolável e incessante, que geralmente invade os tecidos, com capacidade de gerar metástases em várias partes do corpo e que tende a reaparecer após tentativa de retirada cirúrgica ou a levar à morte, se não for adequadamente tratada; tumor maligno. Em geral, o termo é usado para referir-se aos carcinomas.

capacidade aeróbia: nível de consumo máximo de oxigênio pelo organismo, por unidade de tempo. capacidade vital expiratória forçada (CVF): prova de função pulmonar registrada em espirômetro. O indivíduo inspira ao máximo até alcançar a capacidade pulmonar total; a seguir, exala para dentro do espirômetro com esforço expiratório máximo, o mais rápido e completamente possível.

capilar: estrutura extremamente delgada, com parede tubular de somente uma camada de células endoteliais, altamente permeáveis. É aqui que ocorrem as trocas de nutrientes e de produtos de excreção celular entre os tecidos e o sangue circulante. Na circulação periférica de todo o corpo, existem cerca de 10 bilhões de capilares com área de superfície total estimada de 500 a 700m2. É raro que qualquer célula funcional do corpo esteja a mais de 20 a 30 micrômetros de distância de um capilar.

capilar sinusóide: tipo especial de capilar sangüíneo encontrado no fígado, no baço e nos órgãos hematopoiéticos, de maior diâmetro (30 a 40 μm) que os capilares comuns, irregular e com espaços abertos entre as células endoteliais da parede, que oferecem passagem entre o capilar e o tecido. Os capilares sinusóides estão relacionados com os órgãos que têm por função produzir ou destruir elementos figurados do sangue. cápsula articular: bainha fibrosa que envolve uma articulação e contribui para manter as superfícies articulares em contato, inserindo-se nas proximidades das superfícies cartilaginosas das duas peças ósseas. Internamente é revestida pela sinovial e, externamente, reforçada por ligamentos articulares (v. ligamento articular) e tecido conjuntivo.

carboidrato: qualquer um dos compostos orgânicos formados por carbono, hidrogênio e oxigênio, tais como os açúcares, o amido e a celulose, essenciais para o metabolismo energético; hidrato de carbono.

carga elétrica: em eletricidade, física – grandeza característica de certas partículas que possibilita a interação eletromagnética e pode tomar valores negativos ou positivos; quantidade de carga elétrica presente em um sistema físico macroscópio, atômico, molecular ou subatômico.

carotenóide: classe de moléculas oxidáveis, amarelas, alaranjadas ou vermelhas, lipossolúveis, comuns em vegetais e essenciais como precursores da síntese da vitamina A em animais.

cartilagem: tecido conectivo fibroso, especializado, resistente e flexível, de cor branca ou cinzenta, formado de grandes células inclusas em substância que, durante o crescimento, apresenta tendência à calcificação e à ossificação. Forma a maior parte do esqueleto provisório do embrião e estabelece modelo pelo qual se desenvolve a maioria dos ossos, constituindo elemento importante do mecanismo de crescimento. Existem vários tipos, os mais importantes sendo a cartilagem hialina, a cartilagem elástica e a fibrocartilagem. O termo é também usado genericamente para designar uma massa de tal tecido em algum local particular do organismo.

cartilagem articular: referência à cartilagem que recobre a maioria dos ossos no interior das articulações, formada de uma variedade especial de cartilagem hialina. A cartilagem articular madura é tecido especializado, mostrando, ao exame histológico, uma organização radial altamente distintiva, com variações marcantes no tipo de célula e na disposição, arquitetura fibrosa e nível de calcificação à medida que aumenta a profundidade a partir da superfície. Essencialmente, proporciona uma superfície lubrificada resistente ao desgaste, de baixo atrito, tanto levemente compressível como elástica, construída para a facilidade de movimento sobre uma superfície similar, mas capaz de acomodar forças relativamente enormes de compressão e cisalhamento geradas durante o suporte de peso e ação muscular. A espessura varia de 1 a 2 mm, em ossos pequenos em indivíduos de idade avançada e de 5 a 7 mm nas articulações maiores de indivíduos jovens.

catabolismo: fase do metabolismo em que ocorre a degradação pelo organismo das macromoléculas nutritivas, com liberação de energia.

catabólito: em bioquímica – produto do catabolismo; catabolito.

catalisador: em físico-química: diz-se de ou substância que modifica a velocidade de uma reação química (v. catálise e enzima). catálise: em físico-química: modificação da velocidade de uma reação química provocada por uma substância que normalmente está presente em pequenas quantidades e pode ser recuperada ao final.

catapora: v. varicela.

cauda eqüina: feixe de fibras nervosas situadas na extremidade inferior do canal vertebral, compreendendo as 3 últimas raízes dos nervos lombares e as raízes dos nervos sacrais e dos nervos coccigianos, até saírem ao nível dos forames de conjugação correspondentes.

caudal: no tronco é usado, às vezes, em lugar de inferior.

cavidade glenóide: v. glenóide.

cavidade pélvica (ou pelvina): espaço afunilado dentro da pelve, separada da cavidade abdominal por um plano que passa através das linhas terminais (arqueadas) do sacro, íleo e púbis e que contém a parte inferior do canal alimentar, a bexiga urinária, partes dos ureteres e parte do sistema genital. Tem especial importância no sexo feminino, porque o feto, normalmente, a atravessa durante o parto.

cavidade pericárdica: em anatomia: espaço no interior do pericárdio.

cavidade peritoneal: em anatomia: espaço situado entre os folhetos viscerais e os parietais do peritônio.

cavidade pleural: em anatomia: espaço que se situa entre os folhetos parietal e visceral da pleura.

ceco: divertículo natural com que se inicia o intestino grosso, e onde se abrem o íleo, o cólon e o apêndice vermiforme; cécum. cefal (o): antepositivo, do grego kephalê,és ‘cabeça’, conexo com -cefalia, ver, em vocábulos originalmente. gregos, como cefalalgia, cefaléia, cefálico, e em compostos (em geral) do séc. XIX em diante, da terminologia científica, dentre os quais: cefalacântida, cefalacanto, cefalanterina, cefáleo, cefalina, cefalização, cefalografia, cefalomancia, cefalomeningite, cefaloplexia, cefalópodes, cefalotomia, cefalotômico, cefalotórax, cefaloziela.

cefálico: referente a cabeça; v. cranial.

cefalotórax: parte do corpo dos arácnidos e crustáceos, resultante da fusão dos segmentos cefálicos e torácicos; cefalotórace.

célula: unidade microscópica estrutural e funcional dos seres vivos, constituída fundamentalmente de matéria genético, citoplasma e membrana plasmática (as células dos representantes dos cinco reinos de seres vivos apresentam estruturas características). Cada órgão é um agregado de muitas células diferentes, mantidas unidas por estruturas extracelulares de sustentação. Cada tipo de célula é especialmente adaptado para realizar uma ou algumas funções particulares. Por exemplo, os glóbulos vermelhos do sangue, 25 trilhões em dada ser humano, transportam oxigênio dos pulmões para os tecidos. Embora este tipo de célula seja, talvez, o mais abundante do corpo, existem outros 75 trilhões de células. Portanto, todo o corpo contém cerca de 100 trilhões de células.

célula adiposa: tipo de célula do tecido conjuntivo especializada na acumulação de lipídios. As gotículas de graxas neutras, que se formam em seu citoplasma, têm origem na absorção intestinal, nas lipoproteínas produzidas pelo fígado ou na síntese da própria célula adiposa. Estes materiais convergem para formar uma só gota lipídica grande, de cor branca ou amarelada (em função da quantidade de carotenóides nela dissolvidos), que acaba por preencher quase todo o volume da célula. A associação dessas células forma o tecido adiposo comum.

célula adventícia: tipo de célula de origem mesenquimal, com longos prolongamentos citoplasmáticos e núcleo alongado, que envolve parcialmente as células endoteliais dos capilares, estando ela mesma envolvida pela membrana basal. As células adventícias têm grande potencial para diferenciar-se em outros tipos celulares mesenquimais, inclusive fibras musculares lisas.

células de Schwann: cada uma das células do sistema nervoso que se incumbem de produzir as bainhas de mielina (v. bainha de mielina) dos axônios, depois que estes deixam o sistema nervoso e passam a formar os nervos. Cada célula cobre uma extensão de aproximadamente 1 mm, ficando o axônio descoberto na distância de 0,5 ¼m que separa duas bainhas de mielina sucessivas. Este espaço é chamado de nódulo de Ranvier. células endoteliais: células que compõem a camada interna de revestimento dos vasos (artérias, capilares e veias), camada essa fina e transparente ao microscópio.

célula-tronco: v. hemocitoblasto.

ceratina: proteína fibrosa e pouco hidrossolúvel, comum na epiderme, constituinte principal do cabelo, unhas, pêlos, tecidos córneos e de várias estruturas celulares como o citoesqueleto e o desmossomo. Em farmácia, muito usado para envolver produtos de gosto desagradável ou que devem atravessar o estômago sem que nele se abram e atuem.

ceratinização: ação ou efeito de ceratinizar; processo de substituição de células epiteliais por matriz rica em ceratina ou por tecido ceratinoso, devido à proliferação de células situadas em camadas mais profundas da epiderme.

ceratose: afecção da pele caracterizada por hipertrofia da camada córnea da epiderme.

cérebro: em anatomia: parte do sistema nervoso central situada na caixa craniana do homem e de outros vertebrados e que, incluindo todos os centros nervosos superiores, é o órgão do pensamento e da coordenação neural. Recebe estímulos dos órgãos sensoriais, interpretando-os e correlacionando-os com impressões armazenadas, a fim de acionar impulsos motores que, essencialmente, controlam todas as atividades vitais: em anatomia zoológica: centro nervoso dos invertebrados, formado por um ou mais gânglios supra-esofágicos; cerebrogânglio. Por metáfora: faculdade mental; capacidade intelectual; inteligência, talento, cabeça; sede da inteligência, do poder, da vontade; cabeça. Por metonímia: indivíduo que lidera intelectualmente; cabeça; indivíduo que privilegia a razão em detrimento da emoção.

cervic-: antepositivo, do latim cervix,ìcis ‘toutiço, cachaço, nuca; pescoço, cabeça; gargalo, colo, tronco de árvore’, em eruditismos do séc. XIX em diante, muitos da zoologia: cervical, cervicartrose, cérvice / cerviz, cervicina, cerviciplexo, cervicite, cervicítico, cervicoacroniano, cervicobrânquio, cervicobregmático, cervicodinia, cervicodorsocostal, cervicoescapular / cervicoscapular, cervicofacial, cervicolabial, cervicomastoideu, cervicomastóideo / cervicomastoídeo, cervicoso, cerviculado, cérvix / cerviz.

cervical: que pertence ou se relaciona com o pescoço (p. ex.: vértebras cervicais), com o colo do útero (p. ex: muco cervical), com o colo dentário. cervico-, -cervical: elementos de composição (v. cervic-) que se referem a pescoço, nuca, colo (uterino).

cianose: em medicina – coloração azul violácea da pele e das mucosas devida à oxigenação insuficiente do sangue e ligada a várias causas (distúrbio de hematose, insuficiência cardíaca etc.).

ciática: o mesmo que dor ciática.

ciático: o mesmo que isquiático; relativo ao ou próprio do nervo ciático.

cicatriz: em medicina: marca deixada em uma estrutura anatômica por tecido fibroso que reconstitui as partes lesadas por um processo inflamatório, uma perda de substância ou que reúne as partes divididas por um ferimento ou lesão operatória.

cicatrização: ato ou efeito de cicatrizar(-se); em medicina: processo de recuperação dos tecidos que forma uma cicatriz.

ciclo cardíaco: em fisiologia: o que compreende a sístole, a diástole e os períodos de intervalo entre elas.

cifose: desvio da coluna vertebral, de convexidade posterior, habitualmente localizado na região torácica, que abrange poucas ou muitas vértebras e que decorre de causas patológicas ou de hábito de postura impróprio.

ciliado: provido de cílios.

cílio: organela da superfície celular que se apresenta como um filamento muito delgado dotado de movimento sincronizado. Está geralmente associado à motilidade dos organismos unicelulares e de certas larvas de invertebrados, assim como à promoção de corrente no fluido que circunda a célula.

cinesioterapia: conjunto de tratamentos que atuam sobre o organismo imprimindo-lhe uma mobilização ativa ou passiva, dando assim a um doente ou a um ferido o gesto e a função das diferentes partes do corpo.

cíngulo: em anatomia, qualquer órgão ou estrutura semelhante a um cinto.

cininas: em fisiologia – pequenos peptídios formados a partir do cininogênio do plasma pela ação das calicreínas, depois fragmentados por cininases. São mediadores inflamatórios que provocam a dilatação dos vasos sangüíneos e aumento da permeabilidade capilar. A principal cinina plasmática é a bradicinina.

cininogênio: em fisiologia – polipeptídio do plasma que é um precursor inativo das cininas, as quais se formam pela ação da calicreína e fragmentação proteolítica por cininases.

cintura escapular: parte do corpo onde um anel ósseo (incompleto) constituído pelas escápulas e das clavículas, suporta a união dos membros superiores com o tórax, dispondo de grande mobilidade.

cintura pélvica: parte do corpo que suporta a união dos membros inferiores ao tronco. É constituída pelos dois ossos ilíacos que se articulam entre si e com os ossos sacro e o cóccix, formando um anel ósseo.

circundução: ato ou efeito de circundar; movimento em torno de um centro ou de um eixo; movimento de rotação de um membro combinado com deslocamento lateral e ântero-posterior, que mobiliza vários músculos e compreende abduçãoe adução.

citoesqueleto: conjunto de fibras e túbulos protéicos existente no citoplasma de células eucarióticas, responsável por sua sustentação e pela movimentação de organelas.

citoplasma: fluido de aparência gelatinosa, rico em moléculas orgânicas e organelas, presente no interior das células e que circunda o núcleo; citoplasto.

claudicação: ato ou efeito de claudicar; falta de certeza; vacilação, hesitação; pequeno erro; deslize, falta; pequena falha ou deficiência; imperfeição.

claudicação intermitente: quadro que aparece quando se produz um estreitamento gradual de uma artéria das pernas. O primeiro sintoma é uma sensação dolorosa, câimbras ou cansaço nos músculos da perna com a atividade física. Os músculos doem ao caminhar e a dor aumenta rapidamente e se torna mais intensa ao caminhar rápido ou subindo uma ladeira. Geralmente, a dor se localiza na panturrilha, mas pode também aparecer no pé, na coxa, no quadril ou nas nádegas, dependendo do local do estreitamento, e pode aliviar com o repouso. Habitualmente, após 1 a 5 minutos de sentar-se ou mesmo em pé, parado, a pessoa pode voltar a caminhar a mesma distância que havia percorrido, antes que a dor comece novamente. O mesmo tipo de dor durante um esforço também pode aparecer no braço quando existe um estreitamento da artéria que leva o sangue al mesmo.

claudicar: arrastar de uma perna; não ter firmeza em um dos pés; coxear, capengar; cair em erro ou falta; fraquejar intelectualmente; apresentar imperfeição, falha ou deficiência.

clavícula: osso longo com uma dupla curvatura que articula o esterno com a escápula, compondo a cintura escapular. (do latim clavicùla,ae: ‘chave pequena’).

clínica: prática ou exercício da medicina (p. ex.: ele exerce a clínica há muito tempo); conjunto das pessoas que são tratadas por um médico; clientela (p. ex.: a clínica desse médico é grande e selecionada); local de consulta, tratamento e realização de exames, cirurgias etc. em seres humanos ou animais; local onde se realizam tratamentos especializados não necessariamente médicos (p. ex.: clínica de estética); aula de medicina ministrada, em hospitais, junto ao leito do paciente, o qual serve de objeto de estudo (p.ex.: sessão de clínica, aula de clínica).

clínico: relativo a clínica ou ao tratamento médico dos doentes (p. ex.: afirmou que o doente estava sob seus cuidados clínicos); que se realiza junto ao leito do doente (p. ex.: demonstração clínica); que pode ser colhido por observação direta (diz-se de dado de uma doença; p. ex.: um dado clínico pode ser confirmado por exames laboratoriais; diz-se de ou médico que exerce a medicina clínica; generalista, internista; diz-se de ou médico que se dedica a qualquer das especialidades clínicas.

clitóris: pequeno órgão erétil do aparelho genital feminino, situado na porção mais anterior da vulva, que se projeta entre os pequenos lábios, e é composto de uma glande, um corpo e dois pedúnculos.

clono: o mesmo que clônus.

clônus: seqüência de contrações e relaxamentos musculares rápidos e involuntários que pode ocorrer de modo normal e breve em virtude do estiramento de um músculo, ou de modo patológico e ininterrupto, especialmente devido a lesões das fibras nervosas do trato piramidal; clone, clono.

clorofila: em bioquímica: cada um dos diferentes pigmentos vegetais que funcionam como fotorreceptores na fotossíntese, absorvendo a luz nos comprimentos de onda entre o azul e o amarelo e refletindo diferentes tonalidades de verde, o que confere às plantas sua cor característica. Entre os quatro tipos de clorofila, a clorofila a é essencial à fotossíntese e está presente em todas as plantas autotróficas; as clorofilas b, c e d agem como fotorreceptores secundários e são exemplos de pigmento acessório.

coagulação: ato ou efeito de coagular(-se); passagem de um líquido ao estado sólido (p. ex.: coagulação do sangue; em físico-química: processo de aglutinação e precipitação da fase dispersa de uma solução coloidal provocada pela adição de eletrólitos, por aquecimento etc.; floculação.

coágulo: em fisiologia: massa semi-sólida de sangue ou de linfa.

coccígio: relativo a ou próprio do cóccix; coccigiano.

coccigodinia: estado doloroso do cóccix que, freqüentemente, sucede a um traumatismo (fratura ou contusão) e é mais comum em mulheres.

cóccix: osso achatado no sentido ântero-posterior, triangular, que constitui a parte terminal da coluna vertebral e se articula com a porção inferior do sacro.

cóclea: em anatomia: parte anterior do labirinto, situada na orelha interna, que serve à audição.

coco: em bacteriologia: bactéria de forma esférica.

cognição: em psicologia – conjunto de unidades de saber da consciência que se baseiam em experiências sensoriais, representações, pensamentos e lembranças; série de características funcionais e estruturais da representação ligadas a um saber referente a um dado objeto; um dos três tipos de função mental (afeto, cognição e volição).

cognitivo: em psicologia – diz-se de estados e processos relativos à identificação de um saber dedutível e à resolução de tarefas e problemas determinados; lato sensu, diz-se dos princípios classificatórios derivados de constatações, percepções e/ou ações que norteiam a passagem das representações simbólicas à experiência, e também, da organização hierárquica e da utilização no pensamento e linguagem daqueles mesmos princípios.

colágeno: principal proteína fibrilar, de função estrutural presente no tecido conjuntivo de animais.

colesterol: um tipo de lipídeo produzido por todas as células de vertebrados, presente na membrana celular e cujo nível plasmático elevado está relacionado a doenças cardiovasculares.

coloidal: v. colóide.

colóide: semelhante à cola; em físico-química: sistema sólido, líquido e gasoso, aparentemente homogêneo, que contém uma fase dispersante e outra dispersa, com partículas de tamanho intermediário entre as de uma solução verdadeira e as de uma suspensão, e que lhe conferem propriedades peculiares de dispersão de luz, passagem através de membranas etc; coloidal.

cólon: porção média do intestino grosso que vai do ceco ao reto, composto pelos cólons ascendente, transverso, descendente e sigmóide; colo.

coluna vertebral: conjunto das vértebras que se sobrepõem umas às outras na parte dorsal do tronco, formando uma espécie de coluna que vai do crânio ao cóccix; coluna dorsal, coluna espinhal, espinha dorsal, raque.

coma: em medicina: estado caracterizado por perda total ou parcial da consciência, da motricidade voluntária e da sensibilidade, geralmente devido a lesões cerebrais, intoxicações, problemas metabólicos e endócrinos, no qual, dependendo da gravidade, as funções vitais são mantidas em maior ou menor grau. complexo de Golgi: organela citoplasmática formada por um conjunto de bolsas membranosas, que atua no armazenamento e na secreção de substâncias; aparelho de Golgi, dictiossoma, dictiossomo.

concha da orelha: parte côncava da orelha externa que dirige os sons para a entrada do canal auditivo.

concussão: ato ou efeito de concutir; abalo, sacudidela violenta, choque, pancada; circunstância resultante de uma dessas causas (p.ex., dano mecânico) – p.ex.: concussão pulmonar por explosão; perda da consciência por pancada ou abalo violento na cabeça.

côndilo: num osso, saliência ou proeminência arredondada em um plano ou achatada no plano perpendicular (ou com a forma de luva de boxe), comumente encontrada no ponto de articulação de um osso com a cavidade glenóide de outro (p.ex.: côndilo da mandíbula, côndilo do fêmur, côndilo do úmero).

condroitina: em histologia: glicosaminoglicano sulfatado que se associa ao colágeno na constituição da matriz da cartilagem e do tecido conjuntivo.

condutor: em física – diz-se de ou corpo, substância ou sistema capaz de transmitir energia elétrica, térmica ou acústica.

cone medular: extremidade inferior da medula espinhal, localizado no nível da vértebra L1 (1ª vértebra lombar).

congênito: característico do indivíduo desde o ou antes do nascimento; conato; que se manifesta espontaneamente; inato, natural, infuso; que combina bem com; apropriado, adequado; que foi adquirido durante a vida fetal ou embrionária; nascido com o indivíduo. (ex.: defeito congênito; doença congênita). conjunto: em matemática – reunião de objetos, determinados e diferenciáveis, quer esses objetos pertençam à realidade exterior, quer sejam objetos do pensamento.

consciência: estado do sistema nervoso central que permite a identificação precisa, o pensamento claro e o comportamento organizado; sentimento ou conhecimento que permite ao ser humano vivenciar, experimentar ou compreender aspectos ou a totalidade de seu mundo interior.

constante de Planck: em física quântica – constante com a qual se multiplica a freqüência para se obter a energia de um quantum de energia, sendo fundamental na física quântica, com valor de 6,62608 x 10-34 J.s.; quantum de ação [símb.: h].

contratransferência: em psicanálise: resposta emocional do analista ao processo de transferência do paciente, que envolve especialmente a projeção de sentimentos inconscientes do analista sobre o paciente.

contusão: lesão produzida por golpe ou impacto (mais ou menos violento), com traumatismo compressivo de tecidos sem causar dilaceração ou ruptura da pele, podendo ser leve (com ou sem equimose) ou grave (quando pode atingir a musculatura, os vasos, os nervos ou as vísceras subjacentes); traumatismo.

conversão: em psicanálise: transformação de energia libidinal em inervação somática; transformação de afetos (recalcados) em sintomas corporais. Em psicologia: mudança fundamental de atitude ou opinião (p.ex., passagem de uma atitude oposta ou neutra a uma aceitação incondicional), freqüentemente acompanhada de conflitos.

convulsão: em medicina: contração violenta e dolorosa devido a problemas do sistema nervoso central; contração patológica, involuntária, de grandes áreas musculares.

cor: do latim colore; em óptica – característica de uma radiação eletromagnética visível, de comprimento de onda situado num pequeno intervalo de espectro eletromagnético, a qual depende da intensidade do fluxo luminoso e da composição espectral da luz, e provoca no observador uma sensação subjetiva independente de condições espaciais ou temporais homogêneas (contrapõe-se ao branco, que é a síntese dessas radiações, e ao preto, que é a ausência de luz); o aspecto dos corpos decorrente da percepção daquelas radiações pelo órgão visual, determinado, basicamente, por suas variáveis (a fonte de luz e a superfície refletora, um objeto colorido), e que tem como atributos principais o matiz, a luminosidade e a saturação: as cores do arco-íris; o daltonismo é uma perturbação no reconhecimento das cores; a propriedade que têm os corpos, naturais ou artificiais, de absorver ou refletir a luz em maior ou menor grau; qualquer matéria corante (pigmento, tinta, etc) existente na natureza ou obtida quimicamente, inclusive o branco, o preto e o cinzento; em física de partículas – número quântico associado ao grau de liberdade que têm os quarks e os glúons, e que, na cromodinâmica quântica, tem papel análogo ao da carga elétrica na eletrodinâmica (cada sabor de quark existe em três cores distintas, que representam propriedades adicionais desta partícula).

corac(i/o): elemento de composição. Antepositivo, do grego kóraks,akos ‘corvo’, pelo latim corax,àcis; ocorre em vocábulo formado no próprio grego, como coracóide (korakoeidês), e em cultismos, preferentemente das biociências, do séc. XIX em diante: córace, coráceo, coracídio, coraciforme, corácimo, coracimorfo, coracirrostro, coracoclavicular, coracoidal, coracomancia, coracomântico, entre outros.

coracóide: que possui forma semelhante ao bico de um corvo (diz-se de processo, bico etc.); osso da cintura escapular dos vertebrados tetrápodes, especialmente desenvolvido nas aves e répteis; do grego korakoeidê,és,és ‘semelhante ao corvo’; ver corac(i/o)-; em anatomia humana, processo ósseo pertencente à escápula, localizado acima do colo da escápula e da cavidade glenóide da escápula.

cordame: conjunto ou quantidade de cordas; cordagem, cordoalha; como termo de marinha: conjunto dos cabos de um navio; cordagem, cordoalha, maçame.

córnea: em anatomia: membrana fibrosa e transparente presa à esclerótica, constituindo a parte anterior do olho.

coróide: em anatomia: diz-se de ou membrana que envolve o olho, situada entre a esclera e a retina.

corpo ciliar: em anatomia: a parte mais espessa da túnica vascular do olho, entre a coróide e a íris.

corpo esponjoso do pênis: estrutura formada por um cilindro de tecido erétil, situado na parte ventral e medial do pênis e contendo um emaranhado de vasos sangüíneos dilatados. Contém a uretra peniana. Em sua porção proximal, dilata-se para constituir o bulbo do pênis, recoberto pelo músculo bulboesponjoso. Sua extremidade distal expande-se para formar a glande, em cujo ápice abre-se o orifício externo da uretra. Durante a ereção, ingurgita-se de sangue, contribuindo para tornar o pênis rígido e apto para a cópula. V. corpos cavernosos do pênis.

corpo vítreo: em fisiologia: substância transparente, incolor, de consistência gelatinosa, que ocupa, no globo ocular, todo o espaço existente entre a lente (‘cristalino’) e a retina.

corpos cavernosos do pênis: duas estruturas formadas cilindros de tecido erétil, situadas na parte dorsal do pênis e contendo um emaranhado de vasos sangüíneos dilatados. Durante a ereção ficam repletos de sangue, com que o pênis se torna rígido e apto para a cópula. V. corpo esponjoso do pênis.

corrente de lesão: acontece quando parte do coração permanece parcial ou totalmente despolarizadas todo o tempo, causadas por muitas e distintas anormalidades cardíacas. Nesse caso, a corrente flui entre as áreas despolarizadas por algumas patologias e as áreas normalmente polarizadas, mesmo entre os batimentos cardíacos. Como causas: 1) trauma mecânico, que torna as membranas tão permeáveis que a repolarização total não pode ocorrer; 2) processos infecciosos que lesam as membranas musculares e 3) isquemia de áreas localizadas do músculo provocada por oclusão coronária local (causa mais comum de corrente de lesão no coração).

corrente elétrica: em eletricidade – fluxo de cargas elétricas em um elemento condutor ou semicondutor; intensidade dessa carga elétrica (símb.: I).

corticoesteróide: diz-se de ou cada um dos esteróides (p.ex., a cortisona) produzido por síntese ou extraído ao natural da camada cortical das glândulas supra-renais; corticóide.

corticóide: v. corticoesteróide.

costal: relativo às costelas.

costela: cada um dos doze pares de ossos chatos que formam a parte principal da parede do tórax.

co-valência: tipo de ligação química entre átomos ou moléculas pelo compartilhamento de um par de elétrons.

coxal: o mesmo que ilíaco. Osso chato, largo e par (simétrico) que constitui a parte anterior e lateral da bacia; junto com o sacro e o cóccix, formam a estrutura rígida de sustentação da bacia. Lateralmente, se articula com o femur e, medialmente, com o sacro; relativo ou pertencente às paredes laterais da bacia.

cranial: no tronco é, às vezes, usado em lugar de superior; próprio de ou relativo a crânio; craniano.

crânio: em anatomia: caixa óssea que contém e protege o cérebro.

creatina: bioquímica – composto nitrogenado sintetizado a partir de aminoácidos e encontrado no tecido muscular sob a forma de fosfocreatina.

creatinina: em bioquímica, patologia – derivado da creatina cuja taxa elevada no sangue é um dos indicadores de insuficiência renal.

crioterapia: processo terapêutico baseado em aplicações de gelo, neve carbônica e outros veículos de frio intenso.

cristalino: em anatomia: atualmente substituído por lente. crono-: antepositivo, do grego khrónos, ou ‘tempo’, ocorre em compostos da nomenclatura científica do séc. XIX em diante: cronesfigmografia /cronoesfigmografia, crônica, cronicado, cronicidade, cronicista, crônico, cronismo, cronista, cronístico, cronizóico, cronocinematografia, cronodistintividade, cronofotografado, cronofotografar, cronogeologia, cronogeológico, cronognose, cronognosia, cronografar, cronográfico, cronograma, cronoisotermia, cronoisotérmico, cronolatria, cronolatrista, cronologia, cronológico, cronologista, cronometrabilidade, cronometragem, cronometrar, cronometria, crononímica, cronoprojeção, cronoprojetar, cronoscopia, cronoscópico, cronostratigrafia, cronostratígrafo, cronostratigrama, cronostratigramático, cronotelemetragem, cronotelemetrar, cronotelemetria, cronotípico, cronotropia, cronótropo, etc; conexo com -cronia, –crono e –crônico. crossa: curvatura de vasos sangüíneos e de troncos linfáticos. crustáceo: recoberto de crusta; crustoso, crostoso; em morfologia botânica: que tem o talo aplicado sobre o substrato e totalmente aderido a este (diz-se de líquen); relativo aos crustáceos; filo ou subfilo de animais artrópodes, de respiração branquial, com dois pares de antenas, um par de mandíbulas e dois pares de maxilas, que reúne mais de 30.000 espécies descritas, especialmente do ambiente marinho, distribuídas por seis classes; são os vulgarmente conhecidos camarões, cracas, tatuzinhos, lagostas, caranguejos e siris.

cubital: v. ulnar.

cúbito: v. ulna.

cúspide: elevação cônica na face mastigatória dos dentes pré-molares e molares; formação pontiaguda que se apresenta como projeção, em especial cada uma das formações triangulares que compõem a valva cardíaca.